Histórico e contextualização do Programa
O Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Vigilância e Controle de Vetores (PPG-VCV) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nível Mestrado Profissional, foi criado em 2017 a partir da necessidade de capacitação de quadros técnicos e de gestão em áreas como entomologia médica e vigilância e controle de artrópodes e moluscos vetores. O Programa está inserido na área saúde coletiva da CAPES.
O PPGVCV foi proposto inicialmente por uma demanda direta do MS à diretoria do IOC, com o propósito de fornecer uma resposta de maior alcance à epidemia de Zika que acometia o país. A sua proposta encontrou uma grande ressonância na forte tradição entomológica e malacológica do Instituto, além de discussões e demandas apresentadas pela OMS, em termos de formação e reposição de cursos de formação em entomologia médica (Casas et al., 2016).
A proposta do PPG-VCV (APCN 780/2016) foi aprovada pela CAPES, sendo o resultado divulgado no dia 21 de outubro de 2016, com conceito 3 na Área de Saúde Coletiva. A partir daí consolidou-se a estruturação do programa, com a ocupação de uma sala na Secretaria Acadêmica (SEAC) do IOC e a alocação de uma secretária para atender às demandas. Foram nomeados, pela Diretoria do IOC, o coordenador Dr. Fernando Genta e a coordenadora adjunta Dra. Mônica Fernandez. No início de 2020, Dra Daniele Castro assumiu a coordenação do PPG-VCV e Dra. Suzete Gomes como coordenadora adjunta. Em 2022 nosso Programa recebeu nota 4 pela Avaliação da Quadrienal da CAPES.
O Programa insere-se na área de Saúde Coletiva, pela qual se investiga e produz saberes e conhecimentos e desenvolve um conjunto de práticas, produtos e técnicas, acerca do objeto saúde levando em consideração diferentes fatores de Uma Só Saúde e principalmente o contexto social no intuito de aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS). Trazendo essa questão para a vigilância e controle de vetores é importante ressaltar o impacto das doenças causadas por patógenos transmitidos por vetores na saúde pública e que as estratégias de vigilância e controle mais eficazes envolvem o ambiente e a sociedade. Sendo assim, nosso Programa busca valorizar que seu quadro de docentes e discentes tenham atuação integrada com os serviços de saúde e que os projetos de pesquisa desenvolvidos tenham objetivos aplicados ao serviço e que envolvam o contexto amplo da sociedade e ambiente.
O PPG-VCV tinha como áreas de concentração entre o período de 2017 a 2020, (1) Biologia de Vetores, interação parasita-hospedeiro e (2) Epidemiologia e Controle de Vetores. A partir de 2021 o Programa passou a contar com as seguintes áreas de concentração: 1- Vigilância de Vetores; 2- Controle/ Manejo Integrado de Vetores.
Em 2018 publicamos nossa segunda versão do Regimento do PPG-VCV que foi atualizado em 2023 e encontra-se disponível no site do Programa. A partir de 2017 o Programa contou com o apoio administrativo de funcionárias terceirizadas na SEAC IOC. Inicialmente tivemos como secretaria Rose Pani, que em junho de 2018 foi substituída por Helenice Vieira de Andrade e depois por Nazareth Arruda a partir de 2023.
O Programa foi estruturado com uma grade curricular sequencial, com 9 disciplinas obrigatórias. As disciplinas obrigatórias eram: Metodologia do trabalho científico; Taxonomia clássica; Controle de vetores; Ecoepidemiologia das doenças transmitidas por vetores; Biologia de vetores e interação com patógenos; Sistemática molecular; Diagnóstico laboratorial de agentes infecciosos e parasitários; Vigilância malacológica e entomológica; Prática de vigilância e controle. Atualmente as disciplinas obrigatórias são: Taxonomia e Sistemática Molecular de Vetores; Ciclo e Diagnóstico de Patógenos em Vetores; Metodologia do Trabalho Científico; Práticas 1; Ecoepidemiologia das doenças transmitidas por vetores – EcoVetores; Vigilância de Vetores; Controle e Manejo Integrado de Vetores; Práticas 2.
Durante o período de 2017 a 2020, o Programa teve três turmas regulares de alunos. No ano de 2020, não houve processo seletivo devido à Pandemia de COVID-19. Nossa primeira turma Minter através do PCI com o IRR, Fiocruz Minas teve início em 2024. Atualmente estamos com novas iniciativas: ingresso de alunos estrangeiros da América Latina no processo seletivo na turma regular; alunos da colaboração com o Programa de Formação Brasil Angola; e alunos do consórcio do Programa VigiFronteiras-Brasil. Em nossos processos seletivos adotamos o sistema de cotas para ações afirmativas da Fiocruz (pessoas pretas e pardas, indígenas e pessoa com deficiência).
Anualmente realizamos o evento, Encontro de Vigilância e Controle de Vetores - Integração entre a Pesquisa e Serviços de Saúde, organizado pelos docentes e discentes do Programa. Nesse evento damos destaque aos trabalhos finais que são selecionados como destaque do Programa e os casos de sucesso. Além disso, valorizamos nossos egressos, convidando-os para participarem como professores, avaliadores de projetos de pesquisa e coorientadores no Programa.
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